Segundo o RIISPOA Art. 449 - Pescado em conserva é o produto elaborado com pescado íntegro, podendo ser adicionar outros produtos como: azeite ou óleo comestível, molho, vinho branco etc.
Um dos principais objetivos de se utilizar o pescado em conserva é que tempo de conservação (um produto enlatado e fechado pode durar até 4 anos sem adição de qualquer aditivo, apenas com o processamento térmico), praticidade no manuseio, facilidade de transporte e preços mais competitivos no mercado.
Aqui no Brasil, as espécies em conserva que mais se destacam são a sardinha e o atum, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA, 2011).
A sardinha é a espécie mais capturada na costa brasileira, ela abastece o mercado interno e externo, exportando para mais de 25 países. Nos períodos de defeso - 01 de novembro a 15 de fevereiro e de 15 de junho a 31 de julho (IBAMA) - a sardinha é importada do Marrocos e Venezuela para atender o mercado interno. A sardinha representa 70% do lucro das empresas de beneficiamento e além de tudo é opção viável a todos os consumidores, principalmente os oriundos da classe D e E, devido ao preço bem acessível.
Uma outra alternativa é a utilização de peixes nacionais de água doce. Uma pesquisa desenvolvida pela pesquisadora Renata Torrezan da Embrapa - Agroindústria de Alimentos, utiliza o peixe Cachapinta (cruzamento do Cachara com o Pintado) na elaboração de conservas.
O vídeo abaixo mostra como é feito o processamento do Cachapinta. E de quebra tem eu, a autora desse blog como figurante. A matéria foi gravada na unidade da Embrapa Agroindústria de Alimentos e foi ao ar no final do ano passado, no Canal Rural.